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Avaliação da CSU CardSystem (CARD3)



Criada em 1992, a CSU é empresa líder no mercado brasileiro de prestação de serviços de alta tecnologia voltados ao consumo, relacionamento com clientes, processamento e transações eletrônicas, com soluções completas de programas de cartões de crédito e meios de pagamento eletrônicos, gestão e terceirização de data center, soluções customizadas de loyalty, e-commerce, vendas, cobrança, crédito e contact center.


A empresa atua com soluções tecnológicas que integram e conectam bancos, financeiras, varejistas, empresas de serviços e consumidores em todo o país, dentre elas: Banco Alfa, Porto Seguros, Souza Cruz, Vivo e Santos Futebol Clube.


A empresa passou por dificuldades financeiras após um acordo com a Caixa Econômica Federal. Pouco antes de abrir capital, em 2005, a companhia conquistou um processo de licitação com a estatal, o qual prometia alavancar a receita da mesma.


Porém, esse acordo gerou um transtorno para a CSU: pouco tempo depois, o banco estatal rescindiu o contrato com a empresa e gerou uma crise financeira na organização. O resultado disso – após a rescisão com a Caixa – foi o prejuízo no resultado de 2006, com posterior queda no preço das ações da companhia, visto que o IPO foi a um preço de R$18,00 e caiu 75% em 2 anos.


Como consequência, os diretores da empresa precisaram reestruturá-la para que a mesma se tornasse sólida e confiável novamente. Para o CFO da CSU, Ricardo Ribeiro Leite, essa restruturação do portfólio é parte estratégica para a empresa: “estamos nos destacando como uma empresa especializada em operações de alta complexidade, que oferta soluções inovadoras em linha com as últimas tendências do mercado de contact center, envolvendo automação, robotização e inteligência artificial”.


Mas será que a empresa conseguiu se reestruturar?


Analisando os dados da CSU, podemos destacar alguns pontos positivos. A empresa possui um bom nível de endividamento. Pode-se perceber através do índice de cobertura de juros de 4,56x que o fluxo de caixa operacional da empresa consegue honrar mais do que 4x as despesas com juros. Outro índice importante para medir o endividamento é o Dívida Líquida/EBITDA, onde novamente a empresa mostrou força, com o índice a 0,40x, indicando que o EBITDA consegue honrar, com sobras, toda dívida líquida da mesma.


Além disso, a rentabilidade está crescendo ano a ano, hoje em 16%, e encontra-se em um patamar acima do custo mínimo de oportunidade do investidor brasileiro. Vale salientar que a origem do resultado vem da parte operacional da empresa, diminuindo o risco do negócio de médio/longo prazo.


No terceiro trimestre de 2016 a margem EBITDA reportada pela empresa foi de 19,53%, 5 p.p acima do mesmo período em 2015. Além do mais, a margem líquida foi de 6,75%, ante 3,34% em 2015.


A empresa hoje é negociada a um PL (Preço/Lucro) de aproximadamente 15x e 2,5x o PVPA (Preço/Valor Patrimonial), tornando-a atraente mesmo com a alta das ações.


Como anda o desempenho das ações na Bolsa?


Anteriormente esquecida por analistas e investidores, a ação parece se reerguer também na Bovespa, despertando a atenção de todos. Desde o começo de 2016, a ação obteve um crescimento de 240%, saindo de R$2,90 para os atuais R$9,87: só em 2017, ela subiu mais de 100%.


Fonte: http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/servicos/market-data/cotacoes/

Perspectivas e Valuation


Fica evidente que o pior já passou para a empresa, mesmo com um imbróglio na justiça ainda pelo contrato com a Caixa Econômica. Os diretores conseguiram reerguê-la, com a diminuição de custos, introdução de novos produtos e serviços, e parcerias concretas com perspectivas a longo prazo. Os dados da companhia mostram-se sólidos, tanto em rentabilidade, como em endividamento, o que dá confiança para futuros investidores. Consequentemente, ela se torna mais visível para analistas e investidores em geral, aumentando a liquidez da mesma.


Decidimos então fazer uma avaliação da empresa com o objetivo de identificarmos se ainda há upside para a ação, e encontramos o preço-alvo a R$21,00, o que representa um guidance de mais de 100% em relação ao fechamento do dia 24/02/2017 (último dia de negociação em fevereiro). Estamos otimistas com o desempenho da empresa e esperamos bons resultados no 4T16 – a divulgação dos demonstrativos financeiros de 2016 ocorrerá no dia 09/03/2017 – e, sendo assim, mantemos nossa posição de compra para a ação.


ATENÇÃO: Esta publicação assim como todas as demais desse blog são feitas por estudantes da UFPB. Qualquer posicionamento aqui não deve ser entendido como recomendação de compra ou venda, pois tem o propósito de aferição e disseminação de conhecimento.



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